terça-feira, 29 de setembro de 2015

"GOVERNISTAS" ? NÓS?

Reproduzimos aqui o blog do professor Gilber Martins Duarte de Uberlandia-MG.

 

 

“Governistas”? Nós? 

por Gilber Martins Duarte

A falsa esquerda socialista, que embarcou na palavra de ordem da direita golpista, e que passou a pedir, nas ruas, o Fora Dilma, acusa os que lutam contra o golpe direitista sobre o mandato de Dilma Rousseff de “governistas”.
Eu, um professor da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais, militante socialista livre, fico aqui com os meus botões, tentando entender que raios de “governista” sou eu. Pensei, pensei e gostaria de compartilhar.
Se percebo, como 1 + 1 são 2, que a Revista Veja está, desde antes das eleições presidenciais, tentando incriminar o mandato presidencial do PT, essa percepção faz de mim um “governista”?
Se percebo, como 2 + 2 são 4, que a Rede Globo atua de forma descarada para colocar o PT como o grande culpado pela corrupção do país, essa percepção faz de mim um “governista”?
Se percebo, como 4 + 4 são 8, que a direita tucana, que perdeu as eleições, está protocolando todos os dias um pedido de impeachment contra a Presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff e acho isso um absurdo, essa percepção faz de mim um “governista”?
Se percebo, bastando para isso ligar uma TV, que milhares e milhares de coxinhas fascistas foram para a rua pedir “intervenção militar”, “morte ao comunismo”, “morte ao PT”, “morte a todas as bandeiras vermelhas”, “impeachment” e acho isso uma atrocidade antidemocrática, essa percepção faz de mim um “governista”?
Se percebo, de forma crítica, uma Operação Lava Jato, que condena as pessoas apenas com base na delação premiada de um corrupto qualquer, sem direito ao contraditório, para principalmente criar a imagem de que o PT é o chefe dos corruptos do país, essa percepção racional faz de mim um “governista”?
Se percebo que a democracia do país não pode ser derrubada apenas porque o grupo derrotado nas eleições (PSDB e seus comparsas) não aceita mais que o Brasil seja governado por um partido que não seja o deles, essa defesa da democracia faz de mim um “governista”?
Se percebo que devemos fazer uma FRENTE ÚNICA contra os golpistas de direita que querem fazer impeachment da Presidente eleita democraticamente, e participo dos atos contra o GOLPE, essa percepção e essa ação faz de mim um “governista”?
Ora, na verdade, a falsa esquerda socialista, que virou quinta coluna da direita golpista, ao aderir à tese do Fora Dilma, chamam-nos de “governistas” para tentar jogar a classe trabalhadora contra os sindicalistas responsáveis, que estão enfrentando a direita golpista. E acusando-nos de “governistas”, justificam as atitudes de suas seitas junto ao movimento operário, já que, enquanto seitas que são, não fazem mais do que chamar os fiéis para rezarem em suas igrejas supostamente puristas que prometem o céu metafísico no além-túmulo. A direita não é inimiga dessa turma. Eles são inimigos é dos trabalhadores que pensam com base na democracia, contra os direitistas, diferentemente deles.
Claro, na análise da realidade concreta da luta de classes, em se tratando de política, essa turma não enxerga muito além de seus egos que precisam parecer diferentes para se auto-massagearem como supostos revolucionários puros.
Então, se pensar, de forma lúcida, sem receber um centavo em troca por pensar assim, outra acusação que fazem aos supostos “governistas”, como eu e como você que é contra o GOLPE, chamam-nos de burocratas vendidos, enfim, se pensar como eu e milhares de brasileiros honestos tem feito, ou seja, se pensar contra a direita golpista é ser “governista”, bom, então sejamos “governistas”. Na moral, para usar um termo bem pop, antes ser “governista” que ser oportunisticamente GOLPISTA.
Quando a direita se junta para atacar até os direitos democráticos da classe trabalhadora, como o direito de eleger seus governantes, a verdadeira esquerda marxista e socialista não vacila, fazemos frente única e enfrentamos os GOLPISTAS da direita. Isso não quer dizer que vamos deixar de lutar, por exemplo, contra o ajuste fiscal do governo Dilma que capitula cada vez mais às chantagens da direita. Lutar contra o ajuste fiscal de Dilma, contudo, não quer dizer que vamos fazer coro com a direita golpista que quer derrubá-la para impor ataques muito mais brutais à classe trabalhadora brasileira. Para nós, quanto pior, pior! Simples assim.
Por: Gílber Martins Duarte – Militante SOCIALISTA LIVRE – Sind-UTE/Uberlândia/MG – Doutor em Análise do Discurso/UFU – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais –EDITOR DO BLOG www.socialistalivre.wordpress.com

sábado, 19 de setembro de 2015

Abrir os Portões da Europa aos Refugiados!Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional-CCRI (em inglês RCIT)

Abrir os Portões da Europa aos Refugiados!




Longa Vida à Solidariedade Internacional dos Trabalhadores e dos Pobres!
Abaixo a Fortaleza da União Europeia-EU! Avançar a Revolução Árabe para Construir Repúblicas de Trabalhadores e Camponeses!
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional-CCRI (em inglês RCIT)

1. Atualmente milhares de refugiados - muitos provenientes da Síria- estão tentando alcançar a União Europeia. Na última semana dezenas de milhares atravessaram a fronteira. Contraforte campanha das classes dirigentes na EU, esta migração provocou uma espontânea onda de solidariedade entre enormes setores da classe trabalhadora e da juventude europeia, especialmente entre muitos imigrantes já residindo na EU. Esta mostra de solidariedade por sua vez forçou os governos da EU e de muitos da imprensa a temporariamente mudarem sua abordagem sobre o tema, permitindo muitos refugiados a entrar na EU. Os verdadeiros socialistas devem, com certeza, dar boas-vindas a esta espontânea solidariedade da classe trabalhadora. No entanto, no dia 13 de setembro os governos de Áustria e Alemanha repentinamente fizeram uma guinada de 180 graus e fecharam as fronteiras. A tarefa central agora é não somente ajudar estes refugiados, mas também criar um movimento organizado baseado na classe trabalhadora, nas comunidades de imigrantes e com os refugiados no sentido de estreitar solidariedade contra a inevitável reação da classe dominante.
2. Por um longo tempo a EU fez de tudo em seu poder para bloquear a entrada dos refugiados- fugindo da guerra e devastação em suas terras nativas- de entrar na Europa. Eles adotaram várias medidas para reforçar a fortaleza incluindo, montar controles internos, aumentando o efetivo de guardas de fronteiras, construindo um muro nas fronteiras de Hungria e Servia, expandindo as forças da FRONTEX1   para impedir os refugiados de atravessar o mar mediterrâneo, e adotam planos que incluem operações militares nas águas territoriais da Líbia e o envio de forças terrestres ao longo da costa Líbia.
3. No entanto, a óbvia situação de milhões de refugiados, a tão flagrantemente visível tragédia que eles sofreram, tudo isso provocou uma espontânea onda de solidariedade com eles. Para dar somente alguns exemplos: na Áustria e na Alemanha centenas de pessoas vão todos os dias às principais estações de trem, assim como aos campos de refugiados, com a intenção de ajudar os refugiados recém-chegados. Quando o reacionário governo Orban da Hungria tentou bloquear a entrada de refugiados, um comboio de 200 carros foi formado e que se dirigiu à Hungria com o objetivo de auxiliar os refugiados a alcançar a Áustria. Numerosas organizações de muçulmanos estão organizando grandes quantidades de material de apoio aos refugiados. Na Islândia o governo direitista provocou uma tempestade de raiva quando anunciou que o país só poderia receber 50 (!) refugiados sírios. Em resposta, o povo islandês organizou uma campanha na qual 10 mil (!) pessoas publicamente prometeram receber uma família síria em suas casas! E isto num país com uma população de somente 330 mil pessoas! Em 31 de agosto 20 mil pessoas em Viena participaram em uma espontânea manifestação em solidariedade aos refugiados. Em 12 de setembro manifestações de massa similares tiveram lugar em mais cidades europeias, incluindo 90 mil pessoas em Londres. Que impressionante demonstração de solidariedade que vem a demolir todos os mitos sobre “egoísmo natural” dos seres humanos! Este é um movimento de massa espontâneo o qual foi formado contra a vontade de todos os governos da EU, contra as antigas campanhas de todos os virtuais meios de comunicação burgueses de massa, e sem o apoio dos partidos “progressistas” e dos sindicatos.
4.  Como resultado desta demonstração pública de solidariedade humana, os governos europeus foram forçados a temporariamente permitir aos refugiados entrar na fortaleza. Igualmente vários órgãos de imprensa burguesa mudaram o tom de suas coberturas. No entanto, não se deve ter ilusões: as classes dominantes na Europa farão de tudo em seu poder para impedir milhares de refugiados de virem à Europa e reprimirão este movimento de solidariedade. Como testemunhamos, em 13 de setembro o governo alemão fechou suas fronteiras, e o governo austríaco rápido seguiu o exemplo. Os governos polonês e eslovaco anunciaram que somente receberão refugiados cristãos da síria- um país onde aproximadamente toda a população é muçulmana! Forças fascistas no leste da Alemanha estão atacando as residências dos que buscam asilo. Nenhuma dúvida, podemos esperar mais cedo ou tarde que a imprensa vai mostrar histórias sobre “terroristas do Estado Islâmico escondidos entre os refugiados” com o objetivo de trazer “morte e horror à Europa”. Nós já testemunhamos em anos recentes uma enorme campanha racista da imprensa- direcionada em especial contra os imigrantes. Esses incitamentos resultaram não somente em ataques diários contra imigrantes muçulmanos como também na formação de movimentos de massa racistas como o PEGIDA na Alemanha; tais campanhas também deram crescimento a aprovações de leis dirigidas contra os muçulmanos, por exemplo: O tornar fora-da-lei as formas específicas de vestimentas  de mulheres muçulmanas; a proibição de manifestações pró-palestinas na França durante a última guerra da Faixa de Gaza; uma lei recentemente aprovada pelo governo da Áustria  que comparada com o tratamento dado a outras comunidades religiosas discrimina os muçulmanos , etc.  Nós temos razão em acreditar que a classe dominante e os direitistas de extrema-direita intensificarão tais campanhas no futuro próximo.

5. Além disso, as classes dominantes na EU usarão a crise dos refugiados como um pretexto para intensificar suas guerras no Oriente Médio. Os EUA, a Bretanha e a França lançaram uma campanha militar contra os rebeldes no Iraque e na Síria. Eles alegam que a crise dos refugiados sírios é principalmente devido ao terror do Daesh (o denominado “Estado Islâmico”). No entanto, enquanto o Daesh é com certeza é sanguinário, gangue salafit-takfiri reacionária, não há dúvida que muitas das mortes e o surgimento de refugiados na Síria foi causado pelos horrendos e indiscriminados massacres e bombardeios aéreos do exército de Bashar-al-Assad! Milhões de sírios foram forçados a fugir do seu país muito antes do que o Daesh foi fundado em 2013! De fato, parece que os imperialistas ocidentais usarão a atual crise de migração como um pretexto para reconciliar com o brutal regime de Bashar al-Assad, poucos anos após tê-lo muito criticado. Esta cínica mudança enfatiza ainda mais em como os imperialistas ocidentais são de fato arqui-inimigos dos povos árabes e muçulmanos!

6. Qual é a razão para o aumento atual de refugiados para chegar à Europa?  Simplesmente é que as guerras em curso, a opressão por regimes ditatoriais e a miséria social no Oriente Médio e África continuaram por anos e anos, sem um fim à vista. Centenas de milhares de sírios foram massacrados durante os últimos quatro anos - a maioria delas pelas forças do regime de Assad, um aliado próximo da Rússia imperialista, mas que também colaborou várias vezes com o imperialismo estadunidense (por exemplo, a participação da Síria na guerra contra o Iraque em 1991, a sua conivência com o programa de tortura da CIA, etc.). O povo do Egito vive diariamente em horror em face da brutal ditadura militar do general Sisi – o mesmo Egito é um amigo próximo de ambas as grandes potências do ocidente assim como das grandes potências orientais. A guerra devastadora das monarquias do Golfo pró-ocidentais (com o apoio do general Sisi) no Iêmen já causou 1,5 milhões de refugiados. O Aumento da miséria econômica, resultado direto do alongamento crise mundial do capitalismo, a insaciável "monopolização das terras” por corporações estrangeiras em países do Terceiro Mundo, e os bárbaros programas de austeridade impostos pelo FMI em muitos países árabes e africanos estão cobrando o seu preço, forçando mais e mais pessoas a fugir de suas terras nativas.
7. Até agora, a maioria dos refugiados se mantém em países na vizinhança dos países dos quais fugiram. Turquia, um país de 77 milhões de pessoas, é o lar de 800 mil refugiados. No Irã, um pais de 78 milhões de pessoas, há 1 milhão de refugiados. Líbano, um país de somente 4,4 milhões de pessoas é o lar de 1,1 milhão de refugiados. Mas estes relativamente pobres países não conseguem receber mais refugiados. Eis porque, de agora em diante, muito mais refugiados tentarão alcançar a Europa.
8. Os socialistas na Europa devem participar ativamente nos movimentos espontâneos de solidariedade com os refugiados os quais temos testemunhado nas últimas semanas, mas também devem tentar transformar esses movimentos em um movimento de massa organizado dos trabalhadores, dos jovens, dos migrantes e dos refugiados. Contra as mentiras de que “a Europa não pode receber os refugiados” os socialistas devem explicar que as potencias imperialistas são as primeiras responsáveis pela desgraça nesses países. Esse sofrimento foi criado pelas corporações europeias (e outras imperialistas), seus bancos, suas instituições financeiras, suas guerras no Afeganistão e Iraque, e a brutalidade dos seus aliados e fantoches nestes países.
9. Da mesma forma, os socialistas na Europa devem combinar seu apoio aos refugiados com ativa solidariedade pelas lutas de liberação dos trabalhadores e dos pobres no Zagreb e no Mashreq (respectivamente Norte de África e Oriente Médio). Eles devem organizar solidariedade prática com as lutas populares na Síria contra o sanguinário ditador Bashar al-Assad, no Egito contra o regime militar do general al-Sisi, na Líbia contra o “governo” fantoche do general Haftar, e no Iêmen contra a agressão estrangeira da gangue de al-Saud. Esta solidariedade prática deve vir junto com uma perspectiva socialista de avançar a Revolução Árabe com o objetivo de expropriar os monopólios imperialistas e domésticos, derrubar as corruptas elites locais, e criar repúblicas de trabalhadores e camponeses.
10. Além disso, os socialistas devem claramente denunciar a vergonha que a Europa- com uma população de 500 milhões de pessoas – pode somente receber 1,6 milhão de refugiados, apesar de ser muito mais rica que outros países como a Turquia, Líbano ou Irã. De fato, atualmente existem mais de 11 milhões de residências vazias na Europa. Isto é suficiente para dar lugar a todos os sem-teto na Europa e ainda deixar apartamentos suficientes para acomodar pelo menos 7 milhões de refugiados! Mas os governos capitalistas não abrirão as fronteiras da Europa, porque o seu sistema é para os ricos, não para os pobres. Não existe falta de riqueza na Europa. É só lembrar que os 80 mais ricos do mundo- entre eles 16 europeus ocidentais- possuem a mesma quantidade de riqueza   de 3.6 bilhão de pessoas mais pobres do mundo. Quantas pessoas poderiam viver em segurança se nós expropriássemos este pequeno grupo de parasitas super-ricos! Contra a oposição social-imperialista da burocracia trabalhista e dos vários reformistas centristas, os socialistas devem levantar a bandeira “Abram as Fronteiras aos Refugiados! ”.
11. Os problemas alegados sobre encontrar acomodação para os refugiados demonstram mais uma vez a falência do sistema capitalista. Isso não pode ser de outro modo num sistema em que as empresas são propriedade privada de poucos oligarcas e a produção não serve às necessidades das pessoas, mas aos lucros de uma pequena minoria e privilegiada. Isto demonstra mais uma vez a urgente necessidade de uma revolução da classe trabalhadora com o objetivo de transferir a economia sob controle dos capitalistas para a sociedade como um todo e para planejar a produção de acordo com as necessidades de toda a população.
12. A tarefa mais crucial para os socialistas na Europa, mais do que simplesmente ajudar os refugiados a entrar e ficar lá, é criar um movimento organizado baseado na classe trabalhadora, nas comunidades de migrantes e dos refugiados. Os socialistas devem pressionar as organizações dos movimentos operários, em especial os sindicatos, com o objetivo de mobilizar o apoio aos refugiados. Os movimentos operários devem chamar por um programa de aumento de impostos e da expropriação sobre os parasitas super-ricos para financiar os programas de trabalhos públicos. Devem também ser estabelecidos comitês de ação nos locais de trabalho, nos bairros e nas escolas para organizar o apoio aos refugiados e resistir à inevitável revolta dos governos capitalistas e dos fascistas. Do mesmo modo, a necessidade de construir uma frente única urgente entre os movimentos operários, as comunidades de migrantes e dos refugiados.
13. A seção austríaca do RCIT participou em ações solidariedade prática com os refugiados desde o primeiro momento da onda atual. Em sua campanha para as próximas eleições municipais em Viena (a seção de Áustria tem candidatos no maior distrito operário onde metade da população é de imigrantes), os camaradas estão levantando, entre outras bandeiras, o enunciado “Abram as Fronteiras aos Refugiados e aos Imigrantes! ”. Nossas camaradas formam elos de cooperação com muitas pessoas que espontaneamente participam no apoio prático ou fazem doação de roupas, brinquedos, etc, para ajudar os refugiados. O RCIT está convencido que o atual movimento solidariedade de massa é uma enorme oportunidade para os movimentos operários na Europa para superar os profundos preconceitos da aristocracia operária contra as pessoas de países pobres ao Sul e para construir elos entre os nativos e as massas populares de imigrantes. Dar apoio a este movimento e avançar a consciência política destes ativistas e desse modo dar um importante passo para nosso objetivo de construir um partido revolucionário mundial dos trabalhadores e oprimidos.
* Pela solidariedade de massa com os refugiados!
* Abram as Fronteiras da Europa aos Refugiados!
* Pelos direitos dos refugiados e a imediata legalização de todos os imigrantes e solicitantes de asilo! Pelo direito de asilo para todos aqueles que estão fugindo da guerra, da opressão, e da pobreza em seus países!
* Pelo pleno direito de cidadania e a abolição de toda lei discriminatória contra os migrantes- independente da nacionalidade, da raça, da religião! Salário igual para trabalho igual!
* Não aos planos anti-refugiados! Abaixo com as forças da EU no mar Mediterrâneo! Defender a Líbia contra qualquer intervenção estrangeira!
* Por comitês de ações nos locais de trabalho, nos bairros e escolas para organizar o apoio aos refugiados e se opor à reação dos governos capitalistas e dos fascistas!
* Construir uma frente única entre os movimentos operários, os migrantes e os refugiados!
* Lutar contra a discriminação dos refugiados (acesso igualitário à moradia e ao mercado de trabalho, etc.)! Defender os refugiados contra o aparato estatal! Venham ao auxílio dos refugiados em esconder aqueles ameaçados de deportação! Construir unidades de auto-defesa para lutar contra a brutalidade policial e os bandos racistas!
* Por um movimento revolucionário de migrantes como parte de um novo Partido Mundial da Revolução Socialista- A Quinta Internacional dos Trabalhadores!


Para nossas análises sobre a crise dos refugiados, nós indicamos aos nossos leitores (em inglês):
RCIT: Europe / North Africa: Storm the Gates of Rome! Open Borders for Refugees! Stop the Imperialist EU-War against Refugees! No to the Preparations for an Imperialist Aggression against Libya! 22.5.2015,

Veja as fotos de ação de solidariedade da seção de Áustria do RCIT abaixo:

1- A Frontex, oficialmente Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia, é um organismo da União Europeia que visa prestar assistência aos países da UE aplicação das normas comunitárias em matéria de controles nas fronteiras externas e de reenvio de imigrantes ilegais para os seus países de origem. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Frontex

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Throw Open the Gates of Europe to Refugees!



 CCR-BRAZIL SECTION OF RCIT HAS THE SAME POSITION IN WELLCOME MIGRANTS COMING FROM LATIN AMERICA AND HAITIANS AND THE SAME ON REFUGEES AND ECONOMIC MIGRANTS FROM ALL OVER THE WORLD



Throw Open the Gates of Europe to Refugees!
Long live International Solidarity of the Workers and Poor! Down with the Imperialist Fortress EU! Advance the Arab Revolution to Build Workers and Peasant Republics!
Statement of the Revolutionary Communist International Tendency (RCIT), 15.9.2015, www.thecommunists.net
1.    Currently thousands of refugees – many from Syria – are trying to reach the European Union. In recent week tens of thousands have crossed the border. Against the determined campaign of the ruling classes in the EU, this migration has provoked a spontaneous wave of solidarity among huge sectors of the European working class and youth, particularly among many migrants already residing in the EU. This display of solidarity has in turn forced the governments of the EU and much of the media to temporarily change their approach, allowing many refugees to enter the EU. True socialists should, of course, welcome this spontaneous working class solidarity. However, on 13 September the German and Austrian government abruptly made a 180-degree turn and closed the borders. The central task now is not only to help these refugees, but also to create an organized movement based on the working class, the migrant communities, and the refugees in order to strengthen the solidarity against the inevitable backlash of the ruling class.
2.     For a long time the EU has done everything in its power to block refugees – fleeing war and devastation in their homelands – from entering Europe. They have adopted various measures to strengthen the EU fortress including, setting up internal border controls, increasing the number of border guards, building a wall at the Hungarian-Serbian border, expanding the FRONTEX forces to stop refugees crossing the Mediterranean Sea, and adopting plans which include military operations in Libyan territorial waters and even the deployment of ground forces along the Libyan coast.
3.     However, the obvious plight of millions of refugees, the so blatantly visible tragedy they have suffered, all this has provoked a spontaneous wave of working class solidarity with them. To give just a few examples: In Austria and Germany hundreds of people go every day to the main train stations, as well as to refugee camps, in order to help the incoming refugees. When the reactionary Orban government in Hungary tried to block the arrival of refugees there, a convoy of 200 cars was formed which drove to Hungary in order to help the refugees reach Austria. Numerous organizations of Muslim migrant communities are organizing huge amounts of material support for refugees. In Iceland the right-wing government provoked a storm of enragement when it announced that the country could take only 50 (!) Syrian refugees. In response, Icelandic people organized a campaign in which 10,000 (!) people publicly pledged to take a Syrian family into their homes! And this in a country with a population of only 330,000 people! On 31 August 20,000 people in Vienna participated in a spontaneous demonstration in solidarity with the refugees. On 12 September similar mass demonstrations took place in additional European cities, including 90,000 in London. What an impressive show of international solidarity which demolishes all myths about the “egotistical nature” of human beings! This is a spontaneous mass movement which formed against the will of all EU governments, against the long-standing campaigns of virtually all bourgeois mass media, and without the support of the “progressive” parties and trade unions.
4.    As a result of this public display of human solidarity, the European governments have been forced to temporarily give in and allow the refugees enter the fortress. Similarly, various bourgeois media have changed the tone of their coverage. However, there should be no illusions: the ruling classes in Europe will do everything in their power to stop thousands of refugees coming to Europe and to quell this solidarity movement. As we have seen, on 13 September the German government closed its borders and the Austrian government quickly followed suite. The Polish and the Slovak governments have announced that they will only take Christian refugees from Syria – a country where nearly all people are Muslims! Fascist forces in eastern Germany are attacking the homes of asylum seeker. No doubt, we can soon expect to be exposed to media stories about “IS terrorists who are hiding among the refugees” in order to bring “death and horror to Europe.” We have already witnessed in recent years a huge racist media campaign – directed in particular against Muslim migrants. These incitements have resulted not only in daily attacks on Muslim migrants but also in the formation of racist mass movements like PEGIDA in Germany; such campaigns have also given rise to the passing of laws directed against Muslims, for example: the outlawing of specific forms of female Muslim dress; the prohibition of pro-Palestinian demonstrations in France during the last Gaza war; a law recently passed by the government of Austrian which discriminates against Muslims relative to other religious communities, etc. We have every reason to expect that the ruling class and the right-wing racists will intensify such campaigns in the near future.
5.    Furthermore, the ruling classes in the EU will use the refugee crisis as a pretext to intensify their wars in the Middle East. The US, Britain and France have launched a military campaign against Islamist rebels in Syria and Iraq. They claim that the Syrian refugee crisis is mainly due to the terror of Daesh (the so-called “Islamic State”). However, while Daesh is indeed a blood-thirsty, reactionary Salafi-Takfiri outfit, there is no doubt that most of the deaths and the creation of refugees in Syria have been caused by the horrendous and indiscriminate massacres and aerial bombings of Bashar al-Assad’s army! Millions of Syrians were forced to flee their country long before Daesh was even founded in 2013! In fact, it looks like the Western imperialists will also use the present migration crisis as a pretext to come to terms with the brutal regime of Bashar al-Assad, after a few years of having mostly criticized it. This cynical shift yet further emphasizes how the Western imperialists are in fact an arch-enemy of the Arab and Muslim people!
6.   What is the reason for the current upsurge in refugees now coming to Europe? It is simply that the ongoing wars, oppression by dictatorial regimes, and social misery in the Middle East and Africa have continued for years and years without an end in sight. Hundreds of thousands of Syrians have been slaughtered during the past four years – most of them by the forces of the Assad regime, a close ally of imperialist Russia which has also collaborated many times with US imperialism (e.g., Syria’s participation in the war against Iraq in 1991; its collusion in the CIA torture program, etc.). The people of Egypt are daily living in horror in face of the brutal military dictatorship of General Sisi – a close friend both of the Western as well as the Eastern great powers. The devastating war of the pro-Western gulf monarchies (with the support of General Sisi) in Yemen has already created 1.5 million refugees. Increasing economic misery, the direct result of the lengthening world-wide crisis of capitalism, the insatiable “land grabbing” by foreign corporations in Third-World nations, and the barbarous austerity programs imposed by the IMF on many Arab and African countries are all taking their toll, forcing more and more people to flee their native lands.
7.  Until now, most refugees have remained in countries adjacent to the nation they fled. Turkey, a country of 77 million people, is home to 800,000 refugees. In Iran, a country of 78 million people, there are one million refugees. Lebanon, a country of only 4.4 million people is home to 1.1 million refugees. But these relatively poor countries can’t take any more refugees. This is why, from now on, many more refugees will try to reach Europe.
8.  Socialists in Europe must actively participate in the spontaneous solidarity movement with refugees which we having been witnessing in recent weeks, but must also try to transform it into an organized mass movement of workers, youth, migrants, and refugees. Against the lies that “Europe cannot absorb the refugees” socialists should explain that the imperialist powers are primarily responsible for the misery in these countries. This distress has been created by the European (and other imperialist) corporations, their banks, their financial institutions, their wars in Afghanistan and Iraq, and by the brutality of their local allies and puppets in these countries!
9. Similarly, socialists in Europe should combine their support for the refugees with active solidarity for the liberation struggles of the workers and poor in the Maghreb and Mashreq. They should organize practical solidarity with the popular struggles in Syria against the blood-thirsty, dictatorship of Bashar al-Assad, in Egypt against the brutal military regime of General al-Sisi, in Libya against the pro-Western puppet “government” of General Haftar, and in Yemen against the foreign aggression of the al-Saud Gang. Such practical solidarity should come together with a socialist perspective of advancing the Arab Revolution to expropriate the imperialist and domestic monopolies, overthrow the local corrupt elites, and create workers’ and fallahin republics.
10.   Furthermore, socialists should clearly expose the sham that Europe – with a population of more than 500 million persons – can only host 1.6 million refugees, despite its being far richer than countries like Turkey, Lebanon or Iran. As a matter of fact, today there are more than 11 million empty residences in Europe. This is enough to provide a place to live for all the homeless in Europe and still leave over enough empty flats to accommodate at least 7 million refugees! But the capitalist governments will not open the borders of Europe, because their system is for the rich, not the poor. There is no shortage of wealth in Europe. Just remember that the world’s richest 80 persons – amongst them 16 Western Europeans – hold the same amount of wealth as the world’s 3.6 billion poorest people. How many people could live in safety if we would expropriate this little group of super-rich parasites! Against the social-imperialist opposition of the labor bureaucracy and various reformists and centrists, socialists should raise the slogan “Open the Borders to Refugees!”
11.  The alleged problems of finding accommodation for the refugees demonstrate once more the bankruptcy of the capitalist system. This cannot be otherwise in a system in which enterprises are the private property of a few oligarchs and production does not serve the needs of the people but the profits of a small, privileged minority. This demonstrates yet again the urgent need for a working class revolution in order to transfer the economy from the control of the capitalists to that of the society as a whole and to plan production according to the needs of the entire population.
12.  The most crucial task for socialists in Europe, beyond simply helping refugees enter the EU and staying there, is to create an organized movement based on the working class, the migrant communities, and the refugees. Socialists should pressure the organizations of the workers’ movement, in particular the trade unions, to mobilize support for the refugees. The workers’ movement should call for a program of increased taxes and the expropriation of the super-rich parasites in order to finance massive public works programs. There should also be established committees of action in workplaces, neighborhoods and schools to organize support for refugees and to oppose the inevitable backlash of the capitalist governments and the fascists. Likewise, the need to build a united front between the workers’ movement, the migrant communities, and refugees is urgent.
13.   The Austrian section of the RCIT has participated in practical solidarity actions with the refugees from the very beginning of the current wave. In its campaign for the incoming municipal elections in Vienna (the Austrian section is running candidates in the biggest working class district where about half of the population are migrants), the comrades are raising, among other slogans, the call to “Open the Borders for Refugees and Migrants!” Our comrades form links of cooperation with many people who spontaneously participate in practical support or who give us clothes, toys, etc. for refugees in order to help. The RCIT is convinced that the present mass solidarity movement is a huge opportunity for the workers’ movement in Europe to overcome the deep-seated prejudices of the labor aristocracy against people from poor countries of the South and to build links between the native and migrant popular masses. Supporting this movement and advancing the political consciousness of its activist is therefore an important step for our goal to build a revolutionary world party of the workers and oppressed.
* For mass solidarity with the refugees!
* Open Europe’s Borders to Refugees!
* For the rights of refugees and the immediate legalization of all migrants and asylum seekers! For the right of asylum for all those fleeing war, oppression, and poverty in their countries!
* For full citizenship rights and the abolition of all discriminatory laws against migrants – regardless of nationality, race, or religion! Equal pay for equal work!
* No to the EU anti-refugee plans! Down with the EU naval forces in the Mediterranean Sea! Defend Libya against any foreign intervention!
* For committees of action in workplaces, neighborhoods and schools to organize support for refugees and to oppose the backlash of the capitalist governments and the fascists!
* Build a united front between the workers’ movement, the migrant communities and refugees!
* Fight against discrimination of refugees (equal access to housing and the labor market, etc.)! Defend refugees against the state apparatus! Come to the aid of refugees in hiding who are threatened with deportation! Build armed self-defense units to fight against police brutality and racist thugs!
* For a revolutionary migrants movement as part of a new World Party of Socialist Revolution – the Fifth Workers International!
International Secretariat of the RCIT
(*) Fallahin is the Arab plural noun for peasants.
For our analyses on the refugee crisis, we refer readers to:
RCIT: Europe / North Africa: Storm the Gates of Rome! Open Borders for Refugees! Stop the Imperialist EU-War against Refugees! No to the Preparations for an Imperialist Aggression against Libya! 22.5.2015, http://www.thecommunists.net/worldwide/europe/eu-war-against-refugees/
See photos of a solidarity action of the Austrian section of the RCIT here: http://www.rkob.net/wien-wahl-2015/fluechtlingen-helfen/


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Pedido de cassação do registro do PCO é um atentado aos direitos democráticos

Nós do CCR rechaçamos e nos solidarizamos com o PCO contra a tentativa de cassar o seu registro eleitoral. È mais um movimento da direita golpista em combinação com a justiça eleitoral da fazer um ataque político contra os partidos de esquerda e contra o direitos democráticos.
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 We from CCR reject and we are in solidarity with the PCO against the attempt to revoke his voter registration. It is one more  movement of the coupists of the  right in combination with the electoral justice to make a political attack against the leftist parties and against democratic rights.

http://www.pco.org.br/nacional/pedido-de-cassacao-do-registro-do-pco-e-um-atentado-aos-direitos-democraticos/sizj,j.html

Nota oficial da direcão nacional do Partido da Causa Operária
Pedido de cassação do registro do PCO é um atentado aos direitos democráticos
Nesta quinta-feira, 3 de setembro, a direção nacional do Partido da Causa Operária (PCO), foi informada de que um processo de 2008, pedindo a cassação do registro do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi enviado pelo juiz João Otávio de Noronha para julgamento ao pleno do TSE, possivelmente nessa semana.
Este processo refere-se a fatos de 2008 e está parado desde 2010.
Todas as alegações são baseadas em tecnicalidades jurídicas. Não há nenhum fato desabonador contra o Partido. O PCO é ademais um Partido de modestos recursos e que não participa da administração pública, não havendo motivo algum para esta tentativa, exceto desígnios políticos.
Nesse sentido, fomos surpreendidos por tal atitude. Não sabemos se se trata de uma iniciativa isolada e individual de um juiz que tentou, recentemente cassar o fundo partidário do PCO sem conseguir o apoio dos seus pares ou de usar subterfúgios jurídicos para atacar um direito democrático fundamental do povo que é o direito de organização.
Objetivamente, isto é, independentemente da existência ou não de propósitos antidemocráticos por detrás desta iniciativa, temos, portanto, uma ameaça contra o PCO que deve ser rejeitada por todos os que defendam as liberdades democráticas.
A proposta de cassação de um Partido, de qualquer Partido, representa um ataque contra os direitos e liberdades democráticos de todo o povo e de todas as suas organizações.
Vemos com preocupação os fatos coincidentes de que ala direita da Câmara dos Deputados já decidiu cassar o direito dos partidos de esquerda ao horário gratuito na TV na campanha eleitoral, participar nos debates e receber o fundo partidário impondo uma cláusula de barreira mesmo contra os partidos que tenham deputados eleitos.
Vozes da direita se levantaram repetidamente para pedir a cassação do próprio PT, o maior partido de esquerda do País.
Há uma ofensiva geral contra os direitos democráticos da esquerda e do povo em geral como podemos ver não só em leis como a da diminuição da maioridade penal e várias outras propostas acintosamente antidemocráticas.
O PCO é, como sabido, um dos partidos que mais se destaca na luta contra a direita e os golpistas.
Chamamos todos os partidos da esquerda, todos os partidos e organizações ligadas aos movimentos sociais, aos movimentos de luta, a se posicionarem publicamente diante desse fato.

Pelo irrestrito direito de organização partidária!
Em defesa dos direitos democráticos dos trabalhadores e do povo!

São Paulo, 5 de setembro de 2015

terça-feira, 1 de setembro de 2015

PRESENÇA DA CCR-SEÇÃO NO BRASIL DO RCIT NA MANIFESTAÇÃO ANTI-GOLPISTA EM 20 DE AGOSTO DE 2015

NO DIA 20 DE AGOSTO DE 2015 A CCR-CORRENTE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA  -SEÇÃO BRASILEIRA DO RCIT ESTEVE PRESENTE NA MANIFESTAÇÃO CONTRA O MOVIEMNTO GOLPISTA E CONTRA AS MEDIDAS DE ATAQUE DO GOVERNO DILMA E DO MINISTRO JOAQUIM LEVY.
Abaixo a cópia do nosso panfleto:













Todos às ruas dia 20 de agosto contra as medidas de ataque do governo Dilma e ao mesmo tempo contra o golpe fascista!
  Durante o programa eleitoral do PT na noite de 06 de agosto de 2015, como já era previsto e incentivado pela mídia conservadora, setores reacionários da classe média em todo o país   bateram novamente suas panelas ao mesmo tempo xingavam a presidente Dilma e o Partido dos Trabalhadores . O mesmo novamente não aconteceu nas periferias e nos bairros populares. Parte das razões para o protesto da classe média e das camadas mais populares está relacionada com as duras medidas econômicas do governo Dilma, lideradas pelo ministro da fazenda Joaquim Levy, que têm levado ao arrocho salarial, aumento dos juros, desemprego crescente, inflação acelerada chegando a quase 10%, e perdas de direitos com relação à previdência e seguro desemprego. Sendo assim é compreensível que o governo esteja sofrendo um desgaste com parte da população, mesmo daqueles que votaram no partido.
 Esse tipo de crise já atingiu governos anteriores antes e depois do fim do governo militar em 1985. O governo do presidente Collor sofreu o impeachment não porque estivesse somente envolvido pela corrupção, mas porque a paciência da maioria da população trabalhadora já havia se esgotado e ao mesmo tempo o ex-presidente não tinha uma forte base partidária. O que se seguiu foi que o PMDB alcançou a presidência na figura de Itamar Franco, abrindo caminho para o reacionário conservador PSDB com Fernando Henrique Cardozo aplicasse um amplo processo de privatizações das riquezas nacionais, haja vista a privatização de uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale do Rio Doce. Além disso, o governo FHC aplicou os mais duros golpes contra a classe trabalhadora, como por exemplo na greve dos petroleiros de 1995 com a presença do exército brasileiro e várias demissões, porém tal greve impediu a privatização da Petrobrás. Os escândalos de corrupção se avolumaram, inclusive com suspeitas de compra de votos para permitir a reeleição.
 Com relação à crise atual nós não apoiamos o impeachment, nem fazemos o chamado a novas eleições como as que estão sendo feitas direitista  pelo PSDB. Muito menos apoiamos a posição do PSTU em afirmar que “Não é a favor da saída de Dilma pelas mãos do corrupto Congresso Nacional ”, chamando o movimento social a romper com a política do PT no sentido de buscar outra alternativa de governo. Ainda afirmam que “O que nosso partido (PSTU) propõe é que os trabalhadores se organizem e lutem para derrubar o governo Dilma. ”. Nós perguntamos: Onde o PSTU enxerga nas ruas uma massiva presença dos trabalhadores e das organizações de massa a favor da derrubada do governo de Frente Popular? Basta uma multidão nas ruas para o morenismo (PSTU) declarar que estamos à beira da Revolução Socialista?Pelo contrário, o  que testemunhamos é o ressurgir nas classes dirigentes e classes médias  de um profundo reacionarismo conservador com tendências racistas (contra os nordestinos), xenófobas (contra os imigrantes haitianos, chilenos, bolivianos), profundamente anti-comunistas.  Esses setores reacionários, apoiados pela mídia golpista, estão se sentido à vontade até para praticar atos terroristas como por exemplo o ataque à bomba ao Instituto Lula em São Paulo em 30 de julho e ao Sindicato dos Correios em 16 de março. No parlamento está para ser votado a redução da maioridade penal e a terceirização total do contrato de trabalho de todos os brasileiro ( projeto de lei 4330/04). Dessa forma, é absurdo afirmar que estamos vivento um ascenso revolucionário das massas.E pior, o PSTU  em seu delírio,ao adotar essa política,  se alinha com os setores mais reacionários que voltam à cena desde o fim da ditadura militar. Se de fato o governo Dilma cair, quem vai ocupar o poder? Ou o PSTU realmente pensa que estamos em um processo revolucionário em que supostamente o seu partido está na linha de Frente, ou se trata de puro oportunismo para ganhar a simpatia de setores de classe média pequeno-burguesa radicalizada “contra a corrupção”.
O que testemunhamos de forma alguma se assemelha a um processo revolucionário. Apesar da prisão dos grandes empresários da construção civil (Odebrecht, Camargo Correa e Andrade Gutierrez) são principalmente os militantes e ex-ministros do PT que são o alvo principal. A nova prisão de José Dirceu tem como alvo não só aumentar o desgaste do governo Dilma como inviabilizar a candidatura de Lula da Silva. A direita reacionária enxerga no PT um “comunismo” que nunca existiu. Mas o que está em jogo não é a luta contra a corrupção ou contra o suposto comunismo dos governos do PT. Se fosse esse o caso  figuras como o deputado federal Paulo Maluf já estaria atrás das grades. O governador Geraldo Alckmin e o PSDB no Estado de São Paulo está mais do que enrolado para explicar os desvios de milhões de dólares  das obras do metrô. O que está em jogo, muito mais do que a corrupção,  é a pressão do imperialismo e da burguesia nacional , entre muitas outras coisas, para os  seguintes projetos: a privatização total do Pré-Sal, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da implantação total  do contrato da terceirização (projeto 4330 do congresso nacional), de implantar restrições ou mesmo eliminação  aos direitos de férias, décimo terceiro, Fundo de Garantia, licenças maternidade, etc. Tal amplo  e brutal projeto de ataque é muito mais  do que os governos petistas poderiam realizar sob pena de perder completamente sua base de apoio social nas massas trabalhadoras e é isso que explica o movimento golpista.
 Numa concretização do golpe todos os grupos e movimentos de esquerda (ou considerados de esquerda), todos os movimentos sociais, organizações de bairros, partidos políticos progressistas, movimentos grevistas, sindicatos, todos de alguma forma sofrerão na pele o avanço da repressão semi-fascista.
Porém, é necessário deixar bem claro: Nós não apoiamos o governo de Frente Popular do PT/PMDB. Devemos combater não só o movimento golpista ,mas  também as duras medidas de ataques feita pela presidente Dilma Roussef tais como: a busca do superávit primário, a alta dos juros, o arrocho salarial no funcionalismo público ( trabalhadores da Previdência estão em greve), a presença do Chigago Boy Joaquim Levy no ministério da Fazenda, a presença do latifúndio na pessoa  de Katia Abreu no ministério da Agricultura, a restrição ao direito dos trabalhadores às pensões e ao seguro desemprego. O Partido dos Trabalhadores deve romper com a Frente Popular e se voltar às classes trabalhadoras e os pobres. As centrais sindicais, principalmente a CUT-Central Única dos Trabalhadores deve ao mesmo tempo que ser independente do governo, exigir do mesmo o fim desses ataques.
Acima de tudo, contra o golpe é urgente a necessidade da população trabalhadora e dos oprimidos em se organizar para enfrentar a ameaça golpista. A ameaça do golpe não será derrubada através de acordos parlamentares ou manobras jurídicas. É a população trabalhadora  e a juventude da periferia e dos sertões em todo o país que deverá fazer esse combate. É preciso se organizar em comitês de luta nos locais de trabalho, nos bairros, nas favelas e formar comitês populares  contra o golpe.
- Não ao golpe do impeachment e nem a convocação de novas eleições!
- Todos às ruas dia 20 de agosto contra as medidas de ataques do governo Dilma e ao mesmo tempo contra o golpe fascista!
-Criação de Comitês de Luta nas fábricas, nos bairros, nas favelas, nas periferias, nos sindicatos em defesa dos nossos direitos e contra qualquer movimento golpista!

http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/instituto-lula-e-alvo-de-ataque-a-bomba-
assista-1529.html
http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/manifestacoes-golpistas/
http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/may-day-statement-2015/

http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/panfleto-29-5-2015/